quinta-feira, 7 de maio de 2009

A Bioquímica como ferramenta interdisciplinar





A apresentação dos conteúdos relacionados às Ciências Naturais durante o Ensino Médio ocorre de maneira fragmentada, provocando o fracionamento do conhecimento em disciplinas isoladas. A configuração e o âmbito dessas disciplinas são freqüentemente estabelecidos pelos livros didáticos, que delimitam os conteúdos e a seqüência dos tópicos (Krasilchik, 1998). Nesse contexto, a discussão de temas complexos, como as questões ambientais e os problemas de saúde, fica prejudicada devido à necessidade de combinar conhecimentos de diferentes disciplinas (Morin, 2002). A adoção de uma abordagem interdisciplinar no Ensino Médio é uma das indicações dos documentos oficiais (Brasil, 1999) e pode ser considerada uma das maneiras de superar a fragmentação do conhecimento (Schinitman, 1987; Morin, 2002). Além de evitar uma visão reducionista da Ciência, as intervenções interdisciplinares permitem utilizar assuntos mais interessantes para contextualizar as aulas (Lima et al., 2000), favorecem a integração de conteúdos Paulo R.M. Correia, Melissa Dazzani, Maria Eunice R. Marcondes e Bayardo B. Torres A abordagem interdisciplinar dos temas das Ciências Naturais favorece a integração de conteúdos, evita a visão fragmentada do conhecimento e expõe os alunos à complexidade do processo de geração do conhecimento. Nesse contexto, a Bioquímica foi explorada como ferramenta interdisciplinar utilizando as proteínas e sua ação enzimática como tema central. As atividades foram divididas em três momentos distintos: 1) realização de experimentos para gerar resultados a serem interpretados; 2) introdução de subsídios teóricos a partir de textos e questionários; e 3) teatralização da síntese de proteínas com a participação de todos os alunos. A intervenção interdisciplinar proposta permitiu a discussão de conceitos bioquímicos, favorecendo a integração de conteúdos da Biologia e da Química. Interdisciplinaridade, Bioquímica, proteínas, Biologia Recebido em 24/2/03; aceito em 16/12/03 e expõem os alunos à complexidade do processo de geração do conhecimento (Nolasco, 2002). A combinação dessas vantagens pode tornar mais significativa a aprendizagem dos conceitos científicos. Os conteúdos discutidos nas aulas de Química permitem uma grande quantidade de interações com as outras disciplinas do Ensino Médio. Algumas discussões interdisciplinares podem ser promovidas a partir de temas de grande relevância, tais como as questões ambientais e os problemas relacionados com a saúde (Figura 1). A interação mais explorada ao longo do Ensino Médio tem ocorrido entre a Química e a Física. A valorização da Físico-Química pode ser observada na organização da maioria dos livros didáticos, que dedicam mais de 30% dos seus conteúdos às interações entre a Química e a Física (Felre, 2000; Peruzzo e Canto, 1999). A Bioquímica é um outro nicho Figura 1: Algumas interações interdisciplinares que podem ser estabelecidas no Ensino Médio a partir da Química.20 QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 19, MAIO 2004 A Bioquímica como ferramenta interdisciplinar interdisciplinar explícito que pode ser estabelecido entre a Química e a Biologia. Apesar disso, as discussões bioquímicas ocorrem superficialmente no Ensino Médio, devido à falta de material didático que explore adequadamente essa interação. Conceitos como proteínas e sua ação enzimática são apresentados em momentos diferentes do Ensino Médio, durante as aulas de Química e Biologia. Além disso, as discussões ressaltam somente os aspectos químicos ou biológicos, impedindo uma abordagem interdisciplinar que o enfoque bioquímico pode propiciar.Assim, uma intervenção interdisciplinar explorando as proteínas como catalisadores foi planejada, aplicada e avaliada. A elaboração das atividades considerou a necessidade de abordar, sob o ponto de vista químico,alguns processos tratados no Ensino Médio exclusivamente sob o enfoque biológico


Biodiesel: Uma Alternativa de Combustível Limpo



A maior parte de toda a energia consumida no mundo provém do petróleo, uma fonte limitada, finita e não renovável. A cada ano que passa, aumenta o consumo de combustíveis derivados do petróleo e, consequentemente, o aumento da poluição atmosférica e da ocorrência de chuvas ácidas (Ferrari e cols., 2005; Oliveira e cols., 2008).O consumo brasileiro de diesel, em 2003, foi de cerca de 38 bilhões de litros e, em 2005, o Brasil ainda importava cerca de 11% de óleo diesel. Atualmente cerca de 40 bilhões de litros desse combustível são usados, ocorrendo a importação de 2 bilhões de litros por ano – o equivalente a 5% do diesel consumido (Kaplan e cols., 2007). Portanto, a busca por fontes alternativas de energia é de grande importância para a economia brasileira (Guarieiro, 2006).O biodiesel é um substituto do diesel. São ésteres metílicos ou etílicos de ácidos graxos, obtidos a partir da reação de transesterificação de triglicerídeos. A transesterificação consiste na reação dos triglicerídeos presentes nos óleos vegetais ou gorduras animais com álcool em presença de catalisador como mostra o Esquema 1 (Ferrari e cols., 2005; Pinto e cols., 2005).No Brasil, devido à grande diversidade de espécies oleaginosas, pode-se produzir biodiesel a partir de diferentes óleos vegetais como soja, milho, amendoim, algodão, babaçu e palma (Ferrari e cols., 2005). Além disso, esse biocombustível pode ser produzido a partir de óleos de frituras e de sebo bovino, reduzindo, assim, os riscos de poluição ambiental causados por esses materiais (Suarez e cols., 2007; Costa Neto e cols., 2000).No Brasil, o Congresso Nacional aprovou a lei n° 11.097, em 13/01/2005, que tornou obrigatória a adição de 2% de biodiesel ao diesel (B2) até 2008 e a adição de 5% (B5) até 2013 (Geris e cols., 2007).O biodiesel é um combustível obtido de fontes limpas e renováveis (ciclo curto do carbono) que não contém compostos sulfurados (não contribui para formação de chuvas ácidas) e aromáticos; apresenta alto número de cetanos (o correspondente a octanos na gasolina); e é biodegradável. Esse biocombustível, quando comparado ao diesel, oferece vantagens para o meio ambiente como a redução de emissões de dióxido de carbono (CO2, o principal responsável pelo efeito estufa) e de materiais particulados. Essas vantagens são traduzidas em menos custos com a saúde pública, visto o grande consumo de óleo Esquema 1: Reação de transesterificação de triglicerídeos com álcool.Biodiesel: Uma Alternativa de Combustível Limpo QUÍMICA NOVA NA ESCOLA 59 Vol. 31 N° 1, FEVEREIRO 2009 diesel nos transportes rodoviários e automotivos nas grandes cidades. (Costa Neto cols., 2000). O objetivo deste artigo é estimular professores e estudantes do Ensino Médio a prepararem biodiesel em sala de aula a partir do óleo de soja e etanol na presença de hidróxido de sódio como catalisador. Trata-se de um experimento simples que pode ser realizado com materiais do cotidiano, adquiridos em estabelecimentos comerciais de qualquer cidade ou município brasileiro.




sábado, 18 de abril de 2009

A importância da fotossíntese

FOTOSSINTESE-IMPORTANCIA
A fotossíntese significa etimologicamente síntese pela luz. Excetuando as formas de energia nuclear, todas as outras formas de energia utilizadas pelo homem moderno provêem do sol. A fotossíntese pode ser considerada como um dos processos biológicos mais importantes na Terra. Por liberar oxigênio e consumir dióxido de carbono, a fotossíntese transformou o mundo no ambiente habitável que conhecemos hoje. De uma forma direta ou indireta, a fotossíntese supre todas as nossas necessidades alimentares e nos fornece um sem-número de fibras e materiais de construção. A energia armazenada no petróleo, gás natural, carvão e lenha, que são utilizados como combustíveis em várias partes do mundo, vieram a partir do sol via fotossíntese. Assim sendo, a pesquisa científica da fotossíntese possui uma importância vital. Se pudermos entender e controlar o processo fotossintético, nós saberemos como aumentar a produtividade de alimentos, fibras, madeira e combustível, além de aproveitar melhor as áreas cultiváveis. Os segredos da coleta de energia pelas plantas podem ser adaptados aos sistemas humanos para fornecer modos eficientes de aproveitamento da energia solar. Essas mesmas tecnologias podem auxiliar-nos a desenvolver novos computadores mais rápidos e compactos, ou ainda, a desenvolver novos medicamentos. Uma vez que a fotossíntese afeta a composição atmosférica, o seu entendimento é essencial para compreendermos como o ciclo do CO2 e outros gases, que causam o efeito estufa, afetam o clima global do planeta.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Fotossíntese















Fotossíntese

Fotossíntese é um processo realizado pelas plantas para a produção de energia necessária para sua sobrevivência.
Como acontece? A água e os sais minerais são retirados do solo através da raiz da planta e chega até as folhas pelo caule em forma de seiva, denominada seiva bruta. A luz do sol, por sua vez também é absorvida pela folha, através da clorofila, substância que dá a coloração verde das folhas. Então a clorofila e a energia solar transformam os outros ingredientes em glicose. Essa substância é conduzida ao longo dos canais existentes na planta para todas as partes do vegetal. Ela utiliza parte desse alimento para viver e crescer; a outra parte fica armazenada na raiz, caule e sementes, sob a forma de amido.
A fotossíntese também desempenha outro importante papel na natureza: a purificação do ar, pois retira o gás carbônico liberado na nossa respiração ou na queima de combustíveis, como a gasolina, e ao final, libera oxigênio para a atmosfera.
As plantas como fonte de energia
A fotossíntese é uma das principais fontes de energia da natureza, não só para os vegetais, mas para vários outros seres vivos. Sendo assim, os vegetais estão na origem da cadeia alimentar fornecendo para os animais, entre eles, o homem.
A energia acumulada nas plantas é também aproveitada pelo homem através da queima do petróleo, da lenha e do carvão.
O pulmão do mundo
Até pouco tempo, acreditava-se que a região amazônica era a grande responsável pela manutenção dos níveis de oxigênio da terra, sendo popularmente chamada de ‘pulmão da terra’. Porém, recentes pesquisas descobriram a existência de um novo “pulmão”: as algas marinhas. Apesar de se apresentar nas cores verdes, azuis, marrons, amarelas e vermelhas, todas as algas possuem clorofila e fazem fotossíntese. Como são muito numerosas, que se atribui a sua fotossíntese a maior parte de oxigênio existente no planeta

domingo, 29 de março de 2009















Figura 4: Foto fosforilação acíclica Onde há a geração

de ATP, NADP 2H, H2O e O2

















Figura 5: Ciclo de Calvin ou Ciclo das Pentoses
Onde ocorre a fixação do CO2


Figura 4: Foto fosforilação acíclica
Onde há a geração de ATP, NADP 2H, H2O e O2

Figura 5: Ciclo de Calvin ou Ciclo das Pentoses
Onde ocorre a fixação do CO2

Figura 4: Foto fosforilação acíclica
Onde há a geração de ATP, NADP 2H, H2O e O2

Figura 5: Ciclo de Calvin ou Ciclo das Pentoses
Onde ocorre a fixação do CO2